terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Do outro lado

É do outro lado que te vejo
Senhora do teu espaço
Menina do meu desejo
Parar de te olhar é q não faço

É do outro lado, mas não longe
Nos meus pensamentos tenho-te comigo
Tento tocar-te, mas tu foges
É parado a olhar-te que eu fico

É o teu olhar que me prende
Tento perceber porque tanto brilha
Queria eu saber o que esconde
Para eu entender esta fixação minha

É com o teu sorriso que eu acordo
É um convite para amar
Mas insisto que seja apenas um sonho
Porque não sei como aceitar.

6 comentários:

Anónimo disse...

A melhor forma de sonhar
É viver o sonho…
Não tenha medo de aceitar, digo eu!
Porque:
«Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” para ser insignificante.»

Parabéns pelo poema. Feliz a contemplada.

Anónimo disse...

Olá Caro Autor,

Ao ler este seu novo trabalho, lembrei-me deste poema, lindíssimo, por sinal... ora veja se não se encaixa que nem uma luva:

"Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?

Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.

Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?

Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim."

Eugénio de Andrade
(Coração do dia)

Anónimo disse...

Olá, cara Petite

efectivamente este poema encaixa perfeitamente, pois é do mistério, com que algumas pessoas aparecem, muitas vezes do nada (pensamos nós), à frente dos nossos olhos, que nasce a nossa fixação ou curiosidade em tentar perceber alguns dos sinais que elas libertam. Sinais invulgares, sinais comuns, mas inesperadas, sinais conhecidas e/ou desconhecidas, etc. Às vezes nem sequer queremos perceber o mistério, talvez porque não nos dá jeito ou nos dá jeito não perceber para ficarmos mais um tempinho a contemplar a maravilha com que ela contempla a sua rosa.

É neste sentido que deixo o seguinte:
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante."
(Antoine de St. Exupery)

Mas eu tomava a liberdade para reformular a passagem: Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que te fez tão importante.

Anónimo disse...

Olá, cara Petite

efectivamente este poema encaixa perfeitamente, pois é do mistério, com que algumas pessoas aparecem, muitas vezes do nada (pensamos nós), à frente dos nossos olhos, que nasce a nossa fixação ou curiosidade em tentar perceber alguns dos sinais que elas libertam. Sinais invulgares, sinais comuns, mas inesperadas, sinais conhecidas e/ou desconhecidas, etc. Às vezes nem sequer queremos perceber o mistério, talvez porque não nos dá jeito ou nos dá jeito não perceber para ficarmos mais um tempinho a contemplar a maravilha com que ela contempla a sua rosa.

É neste sentido que deixo o seguinte:
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante."
(Antoine de St. Exupery)

Mas eu tomava a liberdade para reformular a passagem: Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que te fez tão importante.

Daniel Alves Monteiro disse...

Olá, cara Petite

efectivamente este poema encaixa perfeitamente, pois é do mistério, com que algumas pessoas aparecem, muitas vezes do nada (pensamos nós), à frente dos nossos olhos, que nasce a nossa fixação ou curiosidade em tentar perceber alguns dos sinais que elas libertam. Sinais invulgares, sinais comuns, mas inesperadas, sinais conhecidas e/ou desconhecidas, etc. Às vezes nem sequer queremos perceber o mistério, talvez porque não nos dá jeito ou nos dá jeito não perceber para ficarmos mais um tempinho a contemplar a maravilha com que ela contempla a sua rosa.

É neste sentido que deixo o seguinte:
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante."
(Antoine de St. Exupery)

Mas eu tomava a liberdade para reformular a passagem: Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que te fez tão importante.

Anónimo disse...

anónimo,
tem toda a verdade o que diz, no entanto devo acrescentar com Eugénio de Andrade o seguinte:

"Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça."

Eugénio de Andrade