terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Tenho medo


Tenho medo, meu amor,
Do medo que tenho.

Medo das tuas saudades
Da falta que me farás,
Da tristeza da despedida,
Da dor do adeus.

Medo de sentir saudades tuas
E não te ter debaixo da lua,
Amarrar-te nos meus braços
E soltar-te em beijos apaixonados.

Medo das lágrimas que cairão dos meus olhos
Inundando todo o meu coração de solidão
E que possam limpar o meu corpo
De carícias tuas que nele ficaram gravadas.

Tenho medo do mar que me rodeia
Daquelas ondas que trazem lembranças
Quebrando-as contras as pretas rochas
Destas ilhas plantadas no oceano.

Tenho medo de não mais sonhar-te,
De te esquecer quando não me lembrar
De não mais sentir-te na minha alma
E de morrer quando te amar.

Tenho medo
Do medo que tenho.

08-12-2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Lágrimas


Não as consegui conter,
As lágrimas que mas deste.
A tristeza foi mais forte
Que eles acabaram por correr.

Quiseste tanto saber a verdade
Do meu silêncio tenebroso,
Este fardo meu tão penoso
Deixou-te calada e sem vontade.

Choro não pela dor de te perder
Nem pela verdade da mentira,
Mas porque esta é a minha sina
E a verdade é que só a ti quero ter.

Sei da indiferença do teu amor,
E o desespero que causa no meu coração.
Por isso sou fraco e não mereço o teu perdão,
Mas pela felicidade sou forte e lutador.

Nunca duvidei do meu amor,
Ma só agora tenho certeza do meu destino.
E mesmo que haja muita dor
Quero estar para sempre contigo.

Perante as lágrimas não escondo
Que ainda por ti choro
E se perguntar eu respondo
"Sim, eu eu te amo".

domingo, 12 de outubro de 2008

Não és nada


Quem és tu? O que és?
Nunca pedi as tuas esperanças
Só queria a tua confiança.
Mas não, trataste-me como uma inocente criança.
Estou num bar, mas perdi a vontade para a dança.
Sempre disseste-me que não sabias o que dizer-me,
Mas desde aquele dia que só me dizes mentira.

Quanto vale a tua resposta
Para me fazeres sofrer com a tua demora?
Quanto vale o meu sofrimento
Para não me dizeres um não?
Quanto vale o teu amor
Para não confiares no meu e causares dor?

Queria-te tanto, fui sempre honesto e sincero contigo
Menti para mim mesmo, esqueci-me de mim.
Perdi o sabor dos meus sentimentos
Porque quis dar-te o brilho de um amor maior.
Era tudo teu, mas preferiste o que não te pertencia,
O que era proibido. Estou ferido e tu és a ferra.
És amante, nunca pensei foste tão baixo, desrespeitaste-te.

Não foi isto que quis, não foi assim que sonhei.
Apetece-me chorar, mas não o vou fazer.
Não mereces sequer uma gota das minhas lágrimas,
Neste rio não navegas, deixaste de ser a sereia destas águas.

Não me querias magoar, dizias tu.
Não, não me magoaste, mataste-me, mataste o meu amor por ti.
Apunhalaste o meu coração, fizeste-o em pedaços.
Mas acredita que não morri, cresci.
E porque cresci, já não sou aquela inocente criança
Que querias abusar e a qual sempre usaste.
Não sabes o que dizer-me?
Não é preciso, não digas nada…
Já sei de tudo. Não és nada,***.

sábado, 20 de setembro de 2008

Bô menina


Bô menina
Mi dja n`krébu tcheu
Nôti e dia
Mi n`tá pensa só na bô.

Bô menina
Mi dja n`krébu tcheu
Nôti e dia
Mi n`tá pensa só na bô.

De manham abô é nhá sol
Ô ki nôti bô é nhá lua
Na sukuru abô é nhá luz
Na nhá vida é só bô.

Bô é bela, bô é um Deusa
Lá ná céu abô é um estrela
Li na mar bô é um onda branca
Nhá sereia é só bô.

Mi n`trazeu tudu nhá amor
Pá bu dan bu coraçon
N`tá amabu tudu dia
N`kré fazeu feliz pá sempre.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Adeus


Há uma esperança neste adeus
Uma promessa num amor eterno
Paira no ar uma tristeza desconfortável
Uma brisa trespassa o coração inquieto.

A saudade acanhada já espreita.

Dois corpos abraçados, um amor forte
Lágrimas nos olhos, choro do coração
A alma perde-se no labirinto de emoções
E o coração desafina o seu bater cadenciado.

Denuncia uma incerteza na certeza.

Retrospecções e reflexões
O adeus de hoje poderá ser o adeus de sempre
As emoções de hoje poderão ser as últimas de amanhã
O ontem que se viveu poderá ser tudo ilusões.

Novo dia, novo sol, novo brilho solar.

O coração desperta sedento de amor
A alma respira desejo de novas emoções
É o corpo que anseia por uma carícia
Os pensamentos são, não lembranças, mas sonhos.

Descobre-se novas emoções, conhece-se novos tons.
Será um novo amor ou a força do amor que ficou?
Só há uma certeza, é o amor…

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um poema verde...em verde poema


Isto é uma folha
Veio do nosso jardim
Com muito carinho foi a sua recolha
Ainda mais quando é para um amigo como tu, assim.

Esta folha é verde
Dizem cor da esperança.
Pode até ser uma simples folha verde,
Mas para mim transmite muita confiança.

É sim uma folha verde
Amanhã já nem o será
Com o tempo esta cor a perde
Mas será sempre verde, até lá.

Alguns dirão que esta folha verde
Não tem qualquer sentido poético
Tu mesmo acharás que bati com a cabeça na parede.
E que sou um tanto ou quanto maquiavélico.

Mas, hoje, esta folha verde
Foi muito mais, foi um poema
Um poema verde
Um verde poema.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O último dia


Hoje é o último dia
O dia em que mais forte bate o coração
Costuma ser o dia da separação
E um dia de muita nostalgia.

É o último dia,
Mas também é o primeiro dia.
O primeiro de outras relações
O primeiro dia de saudades.

É o dia que nunca desejei
Tem momentos que nunca quis viver
Sentimentos que nunca quis sentir
E palavras que nunca quis ouvir.

Mas vou vivê-lo como qualquer outro
Vou esquecer que o amanhã já não existe
Só para não sentir saudades,
Só para te levar para sempre comigo.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Aquele Mar


São as ondas daquele mar, meu amor
Que me sabem levar numa valsa.
As suas salgadas águas me envolvem com um nó
A sua fria temperatura arrepia-me a corpo todo.

É aquele mar, meu amor, é aquele mar
Que insiste em me chamar para bailar
Que exibe as suas ondas só para me convencer
E faz aquela melodia só para me adormecer.

É com aquele mar, meu amor, é com aquele mar
Que hoje quero enamorar,
Dançar na valsa das suas ondas
E nadar no corpo das suas águas.

É daquele mar, meu amor, é daquele mar
Que sinto saudades quando me vou embora
Fica-me na pele o sabor do amar
E no coração o bater das suas ondas.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Quem és...


Estou para perceber quem és
E a pergunta que faço: “Porquê tu?”
Porquê me controlas se não me conheces?
Nem sequer um “olá” trocámos.

Estás em mim, no meu pensamento
Acaricias-me mesmo sem me tocar
Sou capaz de sentir a tua pele macia
Suavemente no meu corpo deslizando.

Sei das tuas certas palavras de aconchego
Sinto o teu cheiro na flor da primavera
É o teu respirar que arrepia a minha alma
O bater do teu coração me embala num sonho.

Sei que os teus lábios são doces
Os teus olhos uma doce canção
Sei do teu abraço forte com calor
Só não sei…quem és.



Nov.07

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Flor d`amor


Estava no crepúsculo da minha paixão,
Era a primavera do meu amor,
Desabrochava um desejo ardente de me dar,
Quando surgiste naquela estação.

Vinhas balançando o teu corpo ao vento,
Brilhando tanto que caminhavas com o sol,
Espalhando o perfume entre os desejos mais sonhados
Com uma beleza certa na claridade do ocaso.

Eras uma flor, de cor roxa e pétalas pequenas,
Tinhas o corpo fino de curvas arrojadas,
Vestida de folhas suaves e brilhantes,
À tua volta voava uma borboleta verde florescente.

Chegaste na altura certa, mas apanhaste-me de surpresa.
Trouxeste o carinho certo, no momento preciso.
Acordaste-me com um sorriso de riso alegre.
Tocaste-me por dentro deixando-me apaixonado.

Desde então plantei-te no meu coração
Fruto de uma paixão semeada num sonho.
No meu jardim foste, sempre, a flor do meu jardim,
Foste, sempre, a flor do meu amor.

Hoje és a rosa da minha paixão,
És o girassol do meu desejo.
Para ti sempre um jardim florido,
Para nós… “felizes para sempre”.



feito em 17-06-2008

terça-feira, 10 de junho de 2008

Primeru bés

Primeru bés ki n`ôdjabu
Korpu rapia-m`, kabelu stica-m`
Coraçon cai-m` ti dédon de pé.
Menina kusé ku fazén?

N`fica spantadu, sem pâpia
Boca fictha-m`, ôdju ragala-m`
Respiraçon câ tâ sai.
Menina bô ki pô-m` si.

N`dá un vólta, n`ben volta
Mi n`fitcha ôdju, pá n`torna corda
Pamô n`pensaba mâ n`stâ sunhaba,
Mas menina era bô prôpi.

Na kél momentu n`descontrola
Mi n`câ sabia kusé ki era
Kél sentimentu ki n`stâ shintiba.
Menina kenha ki bô ê?

Dia tá passa mi ku sodadi
Tá kré tenebu só djuntu mi.
Tá sunha ku bô tudu noti.
Menina kéli é só amor.

Acredita ki n`ta amabu
É só bô ki mi n`kré
Mi nhâ amor é tudo pá bô.
Menina bô ki é nhâ amor.

sábado, 17 de maio de 2008

Dás-me a volta II

Não há mais volta a dar.
Acabou-se o círculo.
De tantas voltas a dar,
Tornou-se tudo um circo.

As tuas voltas,
Já não me dão a volta.
Deixaste-me tonto,
Mas não fiquei louco.

Pedi-te o tudo
E deste-me o nada
Dei-te o tudo,
Mas levaste-me a vida.

Não mais palhaçadas,
Não mais malabarismos,
Não mais cabeçadas,
Não mais egoísmos.

Agora sou eu comigo,
O meu ser e a minha alma.
Não faço parte deste circo,
Sou apenas dos que amam.

feito em: 16.05.2008

terça-feira, 18 de março de 2008

Eu sou Golfinho

Eu sou pequeno, quero ser grande,
Mas antes tenho que ser criança.
No ATL eu sou golfinho
Eu sou a mascote da esperança.
Quero cantar, quero dançar,
Quero brincar de ser maior.

No ATL eu sou feliz
Tenho amigos e o que sempre quis.
Os meus amigos, os monitores
E os mais velhos gostam de mim.
Que grande casa, é uma família
Casa bonita, cheio de amor

Hoje é festa no ATL
Hoje é dia de alegria.
Os meus amigos, os monitores
E os mais velhos estão tão alegres.
Vamos cantar, vamos dançar,
Vamos brincar como uma família.


17-11-06
Ao ATL da Galiza(Estoril) pelos seus 25 anos de existência. Parabéns!!!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Do outro lado

É do outro lado que te vejo
Senhora do teu espaço
Menina do meu desejo
Parar de te olhar é q não faço

É do outro lado, mas não longe
Nos meus pensamentos tenho-te comigo
Tento tocar-te, mas tu foges
É parado a olhar-te que eu fico

É o teu olhar que me prende
Tento perceber porque tanto brilha
Queria eu saber o que esconde
Para eu entender esta fixação minha

É com o teu sorriso que eu acordo
É um convite para amar
Mas insisto que seja apenas um sonho
Porque não sei como aceitar.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Dois degraus acima (À Matilde a esperança vive)



Matilde é uma criança de 11 anos de idade que está há dois anos em estado vegetativo, vítima de um AVC. Este poema surgiu aquando de uma reportagem exibida pela SIC, em 17-01-2008, com o título "Uma sentença de vida".
Assim, estas palavras são de homenagem à Matilde e todas as crianças que, de uma forma ou outra, sofrem neste momento.


Dois degraus acima


Dois degraus acima,
Bastavam dois passos
Para alcançar a vida,
A vida um dia levada pelos ventos.

Não espero milagres
Mas também não quero lágrimas
Quero o teu ar, sinto o teu respirar
Ainda tenho muito para te amar.

Dois degraus acima
A minha esperança não declina
Cada dia ela me anima
Serás sempre minha menina.

Ainda sinto a tua alma
Quando toco o teu corpo.
Sei que ela está bem viva,
Porque vives no meu coração.


Em 17-01-2008

sábado, 5 de janeiro de 2008

Saudades 2

Saudade…quem nunca a sentiu?
Quem nunca sentiu uma brisa arrepiante
Trespassando o corpo, balançando a alma,
Despertando emoções desinquietas,
Lembranças de tempos passados e sonhados?

A saudade tem cheiro, voz, sentir, alma
É um cheiro que nos lembra outrora
Uma voz que nos lembra alguém
Um sentimento que nos aperta o peito
Um estado de espírito que nos ajeita

A saudade é querer viver o já sentido
É desejar o nunca tido
É amar um sonho distante
É um abraço apertado num vazio escondido

É uma lágrima a espreita
Um suspiro cansado e pesado
Uma lembrança nostálgica
Um abrigo aconchegado

Já todos nós sentimos saudades
Porque já todos nós fomos cúmplices
De alguém, com alguém
De uma coisa, um momento ou local.