sábado, 10 de outubro de 2009

...Algo especial


Que seja apenas uma atracção forte
Vamos vivê-la ainda assim
Como se fosse o sentimento mais forte
Que nos uniu, enfim.

Não tem que ser sempre amor
Basta que seja algo especial
A paixão, também, tem o seu doce sabor
Carrega uma emoção, um sonho e um ideal.

Contigo sou muito feliz
Amor ou simples paixão
Não interessa o que se diz
O que sinto vem do fundo do coração.

Ninguém sabe que é o amor
Nem é dono da verdade
Se o que nos une nos faz sentir melhor
Basta para que tenhamos muita felicidade.

A felicidade só depende de nós
Esta é a fórmula mágica
Este é o segredo em nós
E viveremos uma estória fantástica.


18-08-2009

Paixão?


E se for apenas uma paixão ardente
Um querer louco de um momento forte
Um desejo fulguroso de um coração carente
Um grito alegre de um momento de sorte?

E se o amor que dizes não for o que sentes
Mas a vontade de um querer num momento de prazer
E se o que sentes for apenas o que queres
E faltar no fundo, para além do querer, o ser?

E eu? Quem sou eu nesta teia sentimental?
Serei apenas um príncipe de um conto de fadas
Um abraço quando te sentes mal
Ou um simples personagem de uma história contada?


10-08-2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fomos amor


Fomos amor
Nos momentos de calor.
Fomos o sol
Num dia de verão.
Fomos as ondas
Num mar de emoções.
Fomos o luar
Numa noite clara.
Fomos a areia
Numa praia deserta
Fomos o querer
Num desejo ardente.

Foste tu, fui eu
Fomos nós para além do céu.

Agosto 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Carta de um adeus


Parti, meu amor.
Naquela manhã, no raiar sol, daquele Domingo e com muita tristeza.
Custou, doeu.
Na hora da partida, no momento da despedida ganhei forças nos meus braços e fortemente te amarrei no meu peito sem querer mais te soltar e trazer-te comigo. Mas perdi forças nas minhas pernas para caminhar e deixar-te para trás.
E pouco a pouco a tua imagem foi-se desvanecendo e desapareceste na inundação dos meus olhos por aquelas lágrimas que sempre escondi.
Dormi vendo um filme dos nossos momentos passados nos meus pensamentos sobre ti.
O meu coração perdeu forças para fazer circular o sangue nas minhas veias e só fazia circular por todo o meu corpo recordações de uma história de amor que ficou.
A minha alma desmaiou, deixei de me sentir, de me conhecer, não sabia mais quem era sem ti.
E tive medo das saudades, de tudo.
E acho que morri e só ressuscitei quando apareceste como um anjo, com a tua linda voz e disseste
“Amor amo-te”.


22-01-2009

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

50ª Publicação


Comemora-se neste blog a 50ª Publicação de poemas. Marca atingida com apenas cerca de 24 meses após o começo do blog. O que dá um score de 2 poemas por mês. São 50 poemas da exclusiva autoria do autor do blog, escritos desde 2001.
Assim, o autor aproveita para agradedecer todos os que contribuíram para que ele tomasse a coragem de dar a conhecer as suas escritas, e tivesse a criatividade de timbrar, sempre, este blog. Fica o compromisso de, pelo menos, mais 50. Até lá...muito romantismo.
Parabéns e obrigado.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O beijo


Um beijo doce te dou eu
Na tua boca para ires ao céu
Mas se quiseres te levo eu
Com este beijo que Deus me deu.

Aquele beijo que eu te dei
Naquela noite em que era rei
Tem um segredo que só eu sei
De mim para ti como sonhei.

Ai o beijo que tu me deste
Caiu em mim que nem uma peste
Deixou-me morto para ser teu cafageste
E fazer-te feliz como quiseste

E do teu beijo que recebi
Te dei o meu só para ti
Foi bem melhor do que eu quis
E senti-me o homem mais feliz.


03/08/2009

Se te amo?


Não sei se te amo
E nem quero saber
Só por ti chamo
Só a ti quero ter.

Nem sei o que é o amor
Não me preocupo com isso
Sei que tua ausência é dor
E que só de ti preciso

Importante não é saber
Escrever ou falar
Mas é sentir e viver
Mostrar e dar

Isso pode até ser amor
Chamam-lhe de tudo
Para mim é bem melhor
E muito profundo


03/08/2009

sábado, 25 de julho de 2009

Meu amor e sua caneta mágica


O que tanto escreves, meu amor
Com este ar de Doutora
Compenetrada nessa escrita
Que até pareces uma flor?

De que vida tratas tu,
Que história tu constróis?
Será um poema ou uma prosa?
Meu amor, diz-me se escreves um livro.

E depois que vais fazer
Com esta escrita tão intensa?
Essa é uma caneta mágica
Que feliz a todos vai fazer?

Se pudesse ler os teus pensamentos
E tivesse a tua vontade
Dar-te-ia toda a felicidade
E um mundo sem sofrimento.

Dez. 2008

Doce colo


Segura-me assim
Ampara-me nos teus braços
Quero o teu abraço
E não me deixa sair

Leva-me no teu balanço
No mais puro encanto
Aperta-me bem, não me soltes
Tenho medo de cair e partir

Agora que subi no amor
Cair na felicidade é ainda melhor
Não quero a solidão
Tenho ainda muita paixão

Embala-me na tua valsa
Faz-me dormir na tua asa
Lança-me o teu doce feitiço
E no fim ama-me como tudo.


04/03/2008

Ponte para a felicidade


Preciso encontrar um sentido para esta minha vida
Não me basto apenas com uma qualquer saída
Interessa-me o caminho da felicidade
Poder viver e sentir-me realizado.

Tenho que dar um pouco mais de mim
Olhar as coisas com um outro fim
Ou será que a vida é mesmo assim
Às vezes não, às vezes sim.

Quero viver a vida a valer
Sentir que este chão é firme e boa terra
Quero acordar com o sol a brilhar
E sentir que aqui vou ser feliz

Preciso encontrar a paz interior
Sentir que cada dia é bem melhor.
Ainda que uma neblina surja no horizonte
Saber que para a felicidade há uma ponte.

04-01-2006

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Criança de sempre


Criança, quero ser criança
Rir e chorar com as minhas fantasias
Imaginar o meu mundo de alegrias
Amar as coisas com a minha inocência.
Não quero crescer antes de tempo
(Ç)crescer já, me tira felicidade
Andar por aí me faz perder no vento.

É o meu direito ser criança.

Eu quero ser esperança
Sonhar com um mundo melhor
Passo a passo crescer como uma flor
Estudar, porque assim se avança.
Roubar-me a infância?
Antes deixar-me no berço dos anjos
No passado dos vossos sonhos.
(Ç)com certeza nos desejos de uma família
Amanhã serei a criança de sempre.


22-06-2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um tempo


Perguntei-te, disseste que sim,
Respondi-te, disseste que não,
Propus-te, disseste “talvez sim,”
Tentei, disseste “agora não”,
Avancei, pediste um tempo,
Dei-te um tempo e ficaste parada no tempo.

Assim, no fim do tempo do tempo que te dei,
Recuei no tempo do tempo que eu tinha,
Porque no tempo do tempo que o tempo tem
O tempo não tem tempo para o tempo que temos.
E, pelos vistos, ainda não chegou o nosso tempo
Ou para nós os dois não há qualquer tempo.
E se houver, o nosso tempo já passou no tempo.

Por isso, não mais te perguntei pelo sim,
Deixei de responder-te para não ouvir um não,
Não mais te propus pelo sim,
Deixei de tentar que fosse agora,
Desesperei no tempo do tempo que pediste,
E passei por cima do tempo do tempo que te dei,
Porque tanto tempo no tempo do tempo
É perda do pouco tempo do tempo que temos.


18-06-2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sábias palavras...tantas verdades


Perante estas verdades
não posso nem consigo dizer nada.
Mas também não quero e não digo.
e mesmo que quisesse não conseguia
e se conseguisse não diria.

perante todas estas palavras
fico eu sem palavras
e as poucas que ainda tenho
não chegam para fazer
um leve comentário que seja.

Porque são poucas,
não têm sentimento e são mortas.
Eu até posso dizer qualquer coisa,
mas qualquer coisa é coisa nenhuma
perante aquelas sábias palavras.

Eu até sinto e vivo aquelas palavras,
mas sentimentos mesmo, só vivendo,
são descabidas de representação.
Elas têm vida, têm emoções,
sentem, riem e choram,
mas são elas e apenas elas.

Sábias palavras me escreveste,
dizem tudo.
Bonitas palavras me enviaste,
são lindas.
Sentidas palavras me disseste,
são fortes.

Mas...são más, não têm culpa, mas são más,
porque para além de me deixar
sem poder dizer nada,
reduzem-me a nada.

domingo, 14 de junho de 2009

Um livro amigo


Um livro, mãe.
Quero um livro amigo!

Um livro para eu pintar, desenhar,
Ver, conhecer, aprender e criar.
E ler as coisas mais bonitas do mundo.

Um livro que me acompanhe
À escola, em casa e com os outros,
Que na cama me conte uma história.

Um livro, pai.
Um livro amigo.

Um amigo que me diz, me dá, me mostra,
E me ensina o certo e o errado,
E me leve às maravilhas do mundo.

Um livro para eu colocar na estante do meu quarto
Para eu levar na mochila à escola
E para ler aos meus amigos muitas coisas.

Mãe, Pai,
Quero o meu amigo livro!


13-06-2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Fraqueza Minha


De vez em quando faz assim só para me convencer
Solta a sua voz louca num canto caloroso
Balança numa dança erótica
Sussurra-me ao ouvido palavras doce de carrinho
Envolve-me nos seus braços
Tudo só para me convencer.

De vez em quando desaparece sem dizer nada
Faz um jogo das escondidas, do gato e do rato
Mas depois aparece com um ar de vítima
Inocência de uma criança
E se cola, e se enrosca e se espalha toda em mim
Só para me convencer.

Às vezes nem estou aí para o amor
Mas ela vem e se faz e se envolve em romantismos
E me fisga, me toca e me acaricia
E com os seus lábios doces e sedentos
Percorrem, arrepiando-o, por todo o meu corpo
E me convence do seu sabor… e da minha fraqueza.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Política hipócrate


Não vi a criança que estava sozinha a remexer o lixo.
Não ouvi a que insistentemente me pedia socorro,
Nem a que gritantemente chorava pelo colo da mãe.
Nem sequer senti o toque da menina que me agarrava pelas mãos.

Não soube que o médio oriente estava em guerra
Nem que o terrorismo proliferara por toda a terra.
Parece que um avião qualquer destruiu umas torres
E o Afeganistão e o Iraque passaram a viver terrores.

Não sabia que a África vai caindo com pobreza, fome e misérias
Ou que ela vai morrendo de doenças e epidemias
Nunca ouvi falar da peregrinação de milhões de refugiados
Que são fechados em campos de morte completamente esquecidos.

Não sei o que é isso do aquecimento global.
Nem senti a tão falada crise mundial.
Ao que parece a vida no planeta Terra está ameaçada
Mas eu acho que isto é tudo política, pura propaganda.


25-02-2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Romântico


Diz o que sentes e ouvirás o que mereces
O que vem da alma chega com amor
Serão sempre palavras do coração
E vão alojar-se onde queres

Assim poderás ouvir o que sonhas
E terás o que sempre desejas
Pois da alma vem a genuinidade
E um amor querido

Seja romântico na tua particularidade
Encara a tua paixão com simplicidade
Vive todas a emoções com fervor
Deseja-a como se fosse a única existência

Queira tudo o que o que ela traz
E dá tudo o que podes e deves
Entrega-te como se nada mais existisse
E viverás algo único e feliz.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

És Cabo Verde, cretcheu


Ó Tu aí que Te fazes a mim e não me largas
Com esta Tua morabeza contagiante,
Com este gingar das Tuas ancas
Neste batuque “tchabetado”.

Ó Tu aí que rebolas ao vento,
Que passas por mim, sorris e não ficas
E vais balançando com este andar de menina de zona,
Que Te dás como se fosse tudo Teu.

Ó Tu aí que passeias por outros mundos
Que convives com outros povos
Sempre na Tua cultura, costume e tradições
E Te recitas no Teu falar e no Teu namorar.

Ó Tu aí que tens Camões na língua
Que numa serenata cantas e encantas com as Tuas mornas,
Mas ao mesmo tempo me cansas com o Teu funaná.
Ah…só no azul das Tuas quentes águas me acalmo.

Ó Tu aí que me entristeces com as Tuas saudades,
Mas que me alegras com a Tua força, os Teus sacrifícios
Este Teu abraçar das tuas coladeiras
Me faz sentir em casa pisando o castanho da terra.

Ó Tu aí que me acordas com o ardente do Teu grogue
E me manténs com a riqueza da Tua cachupa
Só mesmo Tu com os Teus dez amores do Atlântico
Para não me deixares esquecer quem sou e de onde venho.

Ó Tu aí…sei bem quem És.
És África, És Cabo Verde.
Ó “cretcheu”, sou Teu.



07-02-2009