terça-feira, 31 de julho de 2007

Meu amor


Meia noite na aldeia
Só se vê a lua cheia
Vou esperando o meu amor
Seja lá quem ela for.
Seja lá quem ela for
A saudade é cada vez maior.
Pode até ser uma flor,
Vou amá-la com muito amor.

Vou amá-la com muito amor
Sem causar nenhuma dor.
Será sempre o meu amor
Aquela que for melhor.

Àquela que for melhor
Serei sempre um senhor.
Serei sempre um homem-mor
E o meu amor a melhor.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Noites em clara



Já não sei o que fazer para acalmar a solidão
Quando a saudade pede para te sonhar e a razão pensar-te.
E no meio desta dialéctica quem sofre é o coração
Por não ter forças para, numa lembrança, amar-te.

Nisto, perco-me na noite por entre palavras
Que o coração desabafa e o desejo solta,
Palavras que acabam por ser mortas
Porque tu nem as lês, nem as sonhas.

A noite é a amiga que não gosta de mim
Por acender o fogo de uma paixão
Que insiste em iluminar na escuridão
Quando esta sempre foi o fim

No final o que colho são meras cinzas
De uma noite de debate em clara
Traduzidas em mil palavras
Que compõem os versos de um poema.

Não te peço que me dês uma chance
Nem pretendo pedir socorro
Porque esta é a tua chance
De abraçar um sonho,
Sonhe.

domingo, 29 de julho de 2007

De mim para ti(teoria do amor)


não sei se te amo
Ou se te quero ter.
Neste abraço solto
Só sei que neste momento
Para mim tanto faz
Amar-te e não te ter.

Pensei que podias,
Numa manhã de primavera,
Ser rosa do meu jardim
Ou simples sorriso de alegria
Num coração solitário
Quando ao pôr-do-sol
O horizonte desenhasse
A linha do amor.

Duma coisa te garanto
Nunca se perde tempo
Quando num abraço
Nem que por um momento
O amor nos estende a mão
De um sincero coração.

As vezes no segredo da noite
Durmo nos pensamentos teus
Tentando desembaraçar a teoria do amor,
Ou serão problemas meus?
Porquê que eu te amo,
Mas não te tenho, porquê?

Tenho esperança que num dia de sol
O nosso amor brilhará
E os pássaros cantá-lo-ão.
E numa melodia de um só
Viveremos o amanhã
Sem qualquer senão.

Em verdade te digo,
De mim para ti,
Não te tenho,
Mas amo-te.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Dás-me a volta

Tu dás-me a volta
E eu fico tonto
Sem saber o que fazer.

Lanças-me a tua teia
E eu fico preso no teu sabor,
E por mais que eu tente
Consegues sempre.

Este é o teu dom,
Esta é a minha sina.
Este é o teu poder,
Este é o meu querer.

Domina-me, anima-me
Faz de mim um espectáculo de fantoche.
Eu não fujo, eu não choro
Porque também quero, também gosto.

Eu faço tudo porque dás-me a volta.
E na volta dou-te tudo
Porque eu também quero tudo.


Caros amigos, este poema surge de uma verdade clara. Já repararam que apesar de tudo, ainda que o homem seja "machão", as mulheres é que acabam por mandar sempre? E não vale a pena tentarmos fugir, elas sabem como fazê-lo, porque têm-nos nas mãos. Digo isso por experiência própria e dos amigos. Elas conseguem sempre...também, no fundo, queremos sempre que sejam elas a mandar. E muitas vezes nós pômo-nos a jeito para que assim aconteça, porque nós gostamos.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sofrer Calado

Olha para mim,
Tu é que me deixas assim,
Tão frágil, tão eu.
O amor que sinto por ti
Me domina e me escraviza.
Fico cego, lerdo
Fico fraco e sem vontade.
Diz-me o quê que digo
Diz-me o quê que faço.
E tudo que senti por ti.
Leva a minha alegria,
Leva a minha tristeza.
Leva as minhas lágrimas
leva o meu sorriso.
Leva o teu toque na minha pele
Leva o meu beijo, enfim
Leva o meu amor,
Guarda-o no teu peito
E deixa-me sofrer calado.
Prende-o, solta-o ao vento
E deixa-me viver a saudade.
Olha como me deixas com o teu adeus.
Pouco a pouco me enfraqueço
E fico sem esperança se o amanhã virá,
Sem esperança do que o amanhá será.
Deixa-me assim
Saberei viver por mim.

domingo, 22 de julho de 2007

Ainda bem que...




Ainda bem que
A lua brilhava
Quando tudo se passou,
Fez-nos ter a consciência
Que nem tudo se acabou
Que não era o fim do mundo
Talvez o primeiro dia
De uma nova vida.

Ainda bem que
O verde continua verde
Quando já se desvanece de cor
O lindo laço que sempre nos uniu
Dando-me esperança que
Nalgum lugar esquecido
Haja espaço para amar.

Ainda bem que
Eu sou eu
Que o sol brilha
Que os pássaros cantam
Que os rios correm para o mar
E o mar tem ondas
Isto só prova que
Apesar do inferno
O paraíso existe.

Ainda bem que
Tenho tempo, espaço
Força e cabeça
Para escrever este poema,
Isto só mostra que
Ainda há quem pense
Em coisas bonitas
E sonhe com o futuro.

Ainda bem que
Tens tempo e paciência
Para ler este poema,
Pois por momentos pensei
Que não houvesse quem nos ouvisse
E que neste poema
Fossem meras palavras mortas
Neste cemitério de insanidade.

Ainda bem que...
Ainda bem que
A vida continua.
Ainda bem,
Pois está a caminho...
Ainda bem.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Fica Aqui

Fica Aqui só comigo
E esquece a vida lá fora

Fica assim
Bem pertinho
Que ainda não é hora
De ir embora, logo agora
que o sol se pôs.

A noite ainda é uma criança
Vem entra na dança
eu quero te dizer
Que és o meu viver

Conta-me historinhas
do príncipe e da princesa

Diz que és minha
Só p`ra mim
Toda esta tua beleza
de uma Deusa, com certeza
A maior

Não me largues, não te afastes
Que estou com muitas saudades

Abraça-me, aperta-me
Trata-me como um bebé
Que a teus pés
Muito pede o teu colo

Diz que sim que é verdade
Que gostas muito de mim

Beija-me, mostra-me
Que sou o teu viver
Que vais querer sempre estar
Ao meu lado.