segunda-feira, 30 de julho de 2007

Noites em clara



Já não sei o que fazer para acalmar a solidão
Quando a saudade pede para te sonhar e a razão pensar-te.
E no meio desta dialéctica quem sofre é o coração
Por não ter forças para, numa lembrança, amar-te.

Nisto, perco-me na noite por entre palavras
Que o coração desabafa e o desejo solta,
Palavras que acabam por ser mortas
Porque tu nem as lês, nem as sonhas.

A noite é a amiga que não gosta de mim
Por acender o fogo de uma paixão
Que insiste em iluminar na escuridão
Quando esta sempre foi o fim

No final o que colho são meras cinzas
De uma noite de debate em clara
Traduzidas em mil palavras
Que compõem os versos de um poema.

Não te peço que me dês uma chance
Nem pretendo pedir socorro
Porque esta é a tua chance
De abraçar um sonho,
Sonhe.

2 comentários:

aprendiz de feitiçeira disse...

Migo,

Quando queremos, sonhar e abraçar os sonhos... A vida começa a ganhar novas cores.

Bjos

Daniel Alves Monteiro disse...

A vida é feita de sonhos e só que os tem é que consegue viver pra viver.